sábado, 10 de março de 2012

Bem Vindo á Holanda

Ontem lendo um texto , ou melhor, o depoimento de uma mãe, Emily perl Knisley - 1987,  a qual era sempre solicitada a escrever a experiencia em ter um filho especial,  fez uma comparação bem interessante,

Seria como

   Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias para a Itália!
    Você compra montes de guias, faz planos maravilhosos! O Coliseu, o Davi de Michelangelo, você pode ate aprender algumas frases simples em italiano, é tudo muito excitante. Após meses de excitação chega o grande dia. Você arruma as malas e embarca. Algumas horas depois você aterrissa. o comissário de bordo chega e diz: Bem vindo à Holanda!!!
    Holanda!!??? diz você, eu escolhi a Itália!!! Eu devia ter chegado a Itália, toda a minha vida eu sonhei em conhecer a Itália.
   Mas houve uma mudança de plano  de voo, eles aterrizaram na Holanda e é lá que você deve ficar. A coisa mais importante é que eles não te levaram a um lugar horrível, , desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente.
  Logo você vai comprar novos guias, deve aprender uma nova línguagem, e você vai encontrar todo um grupo de pessoas que nunca encontrou antes.
   É apenas um lugar diferente, é mais baixo, menos ensolarado que a Itália, mas, apos alguns minutos você pode respirar fundo e olhar ao redor, e começa a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrantts e van Goghs.
   Mas, todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália...e estão sempre comentado sobre o tempo maravilhoso que passam lá ..... (...)

  Me identifiquei muito com o texto, por isso quis compartilhar... mas posso afirmar que chegar a Holanda pra mim foi fantástico..... não mudaria hoje o destino da minha viagem jamais....estou mergulhando num universo totalmente novo e surpreendente!!!!!
 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Algumas características da S.A

 O portador da  Síndrome de Asperger tem algumas característica especificas, e que são fundamentais no seu diagnóstico, como por exemplo as rotinas, " rituais" e também a ecolalia (repetições). Quanto as rotinas, eles não são nada flexiveis a mudanças, são na maioria da vezes coisas simples, mas que pra eles são muito importantes, é como se eles seguissem um "manual" que nao pode ser quebrado, e tentar mudar um rotina dessa os deixa muito bravos, o melhor mesmo é segui-las, não custa nada, comigo como as rotinas são simples, nao atrapalham em nada eu o ajudo a cumpri-las. Por exemplo quando ele se veste, tem que seguir uma ordem exata de colocar as roupas como: cueca, camiseta , a meia e depois a calça, as vezes eu tentava inverter as ordens mas ele não deixa., outra coisa é que quando ele chega da escola  ele tem que ir direto pro quarto trocar o uniforme, não consegue ficar com ele em casa, coisa que com outras crianças não acontece.
   Quanto a Ecolalia (as repetições de palavras e frases  ditas por alguém) isso ele sempre usou, desde que começou a falar, as vezes é complicado porque além dele repetir ele pede pra gente repetir também, pedia mais agora melhorou um pouco,  mas o difícil na minha opinião é quando ele começa a repetir as frases do nada perto de alguem que não o conhece, ai as pessoas fazem aquela cara de "zxzc" que não entenderam nada, e eu faço cara de paisagem.....
    Acredito que tudo isso, só pode ser melhorado com as terapias, é que realmente tem ajudado bastante em muitas coisas, e dia após dia estamos vendo o seu desenvolvimento, o que nos deixa muito felizes, são coisas que nao tem preço!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 7 de janeiro de 2012

O desenvolvimento

 Minha gestação foi absolutamente normal e tranquila, sem nenhum problema, a bolsa estourou na escola, eu estava de 37 semanas e 3 dias, e meu bebe veio ao mundo através de uma cesariana que também foi bem tranquila. Ele nasceu com 3.150 kg e 47 centrimetros, tudo dentro da normalidade. Seu desenvolvimento foi tranquilo,engatinhou com 7 meses,  andou com 12 meses completos, começou a falar, não víamos nada de diferente,  mas hoje e atento a um detalhe que na época nunca dei importância, quando ele brincava com uma garotinha da mesma idade, a qual éramos vizinhos, sempre que ela, ou outra criança qualquer pegasse um brinquedo dele, ele não chorava, não brigava, simplesmente deixava... Nós até dizíamos que ele era um bebe bonzinho. Outro detalhe também é que ele nunca chorou, ou reclamou quando eu ia trabalhar, diferente da minha filha mais nova, Maria Clara, que chora, faz birra quando eu saio. Quando ele foi crescendo, a primeira vez nas escolinha, com 3 aninhos, a professora dizia que ele era muito quieto, e apenas observava, já com 4 anos, a turminha era relativamente grande (25 crianças de 4 anos, imaginem) ele se espelhava em outras crianças, ou seja, imitava os arteiros, e ria das graças, das bagunças, e não conseguia prestar atenção na professora, e como ainda não sabíamos da sua dificuldade, e por a turma ser grande a professora também nunca nos disse nada, acredito que ele sofreu um pouco nessa escola, pois percebíamos que os coleguinhas desfaziam dele.
    Foi então que resolvemos leva-lo para uma avaliação psicológica e troca-lo de escola, escolhemos uma escola menor e recebemos também o diagnóstico de que algo  estava errado no seu desenvolvimento, mas até então nada de nomes... Só sabíamos então que ele  teria que fazer a terapia ( no início 2 sessões por semana) ufa...
   A adaptação a nova escola foi ótima, a parte cognitiva do meu filho é excelente, e a turma o acolheu muito bem, ficamos felizes, pois crianças com a SA precisam  de muito amor e carinho pra se sentirem seguras!!! E isso é muito importante.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Simples assim....

 A cada dia que passa, coisas simples se tornam grandiosas e importantíssimas pra mim,  principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento do Mauro Henrique, algumas situações são bem difíceis e complicadas pra ele, por exemplo, sempre que encontramos um coleguinha da escola, em outro lugar que não seja a escola, ele não sabe ao certo como se portar, não consegue dizer um simples "oi",  às vezes faz cara feia, se esconde, grita....
 Imagina como  é  constrangedora a situação, porque não dá pra para e explicar pra mãe ou o pai daquela criança o que se passa.... então faço cara de paisagem e sigo....rsrsrsrs. Sempre tendo depois disso dialogar com ele, explicar como ele poderia se comportar, que ele poderia dizer só um "oi", mas não é fácil pra ele.
   Mas hoje fiquei tão feliz, porque estávamos no supermercado fazendo compras, quando vi ele meio estranho já imaginei que tinha visto alguém, era uma amiguinha da sala dele, a princípio ele quis esconder o rosto e foi então que me surpreendi, ele acenou pra ela e disse: - oiiii Lauraa!!!!!  Aquile gesto dele teve um valor inexplicável pra mim, nossa, algo tão simples, tão corriqueiro pra qualquer um, mas que pra ele e pra mim aquele momento parece que congelou e ficou guardado em minha mente, jamais vou esquecer.....simples assim.....

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ÀS MAES


Para Deus presentear a terra com uma criança especial, primeiro Ele prepara um ventre iluminado, depois Ele escolhe uma mulher forte o bastante para saber lidar com esta benção, depois ensina o amor incondicional a esta mulher! Bendito é o ventre que gera uma criança especial e abençoada. Como um dia foi Maria a mãe da mais especial de todas as crianças, que habitaram este mundo, tão pouco generoso, tão incapaz de aceitar as diferenças. Mães privilegiadas por Deus. Uma criança que tem capacidade de amar mais que qualquer outra que se julga normal, o anjo mais perfeito aos olhos de Deus, a melhor visão, enxerga o coração. E se amar sem limite é defeito, sejamos todos defeituosos de amor! (Giseli Silva)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Aprender a viver


Acredito que o mais difícil pra mim foi aprender que meu filho não gostava de fazer todas as coisas que as outras crianças gostavam, ele não gostava por exemplo de festas, de brincar de pula pula, de ir a um circo,  acredito que seria uma certa insegurança, ou quem sabe, tudo o que era novo, diferente o assustava... era preciso ter muito jeito e carinho para o conduzi-lo para o novo.
E eu nas minhas dúvidas, angustias e incertezas só queria o fazer feliz e que ele fosse como as outras crianças pois não sabíamos ainda o que ele tinha.
Hoje já sabemos melhor lidar com essas situações, não o forço a nada que ele não queira, tento argumentar, mostrar-lhe o quanto seria bom pra ele, mas se ele não quiser, nada feito, porque é teimosoooo demais, kkkk
O amo mais que tudooo e só quero a sua felicidade!!!
Esse ano fiquei muito feliz porque ele , por conta própria quis ir ver a chegada do Papai Noel, fiquei admirada, pois antes ele nunca quis, o levamos e foi muito bom, são  pequenas coisas do dia a dia que vão mostrando a  sua evolução..... e sei que ainda postarei várias outras que podem para alguns não parecer nada, mas pra nós, pais, não tem preço!!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Um pouco sobre a Síndrome de Asperger

 chamada síndrome de Aspergertranstorno de Asperger ou desordem de Asperger é uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. A validade do diagnóstico de SA como condição distinta do autismo é incerta, tendo sido proposta a sua eliminação do "Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais" (DSM), sendo fundida com o autismo[1][2]
A SA é mais comum no sexo masculino.[3] Quando adultos, muitos podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa que não possui a síndrome. Há indivíduos com Asperger que se tornaram professores universitários (como Vernon Smith"Prémio Nobel" de Economiade 2002).
Um dos primeiros usos do termo "síndrome de Asperger" foi por Lorna Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma homenagear Hans Asperger, um psiquiatra e pediatraaustríaco cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990. A síndrome foi reconhecida pela primeira vez no DSM, na sua quarta edição, em 1994 (DSM-IV).
Alguns sintomas dos portadores desta síndrome são: dificuldade de interação social, dificuldades em processar e expressar emoções (o que leva outras pessoas a pensar erroneamente que eles não sentem empatia), interpretação muito literal da linguagem, dificuldade com mudanças, perseveração em comportamentos estereotipados. No entanto, isso pode ser conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto.
Alguns estudiosos afirmam que grandes personalidades da História possuíam fortes traços da síndrome de Asperger,[4][5][6] como os físicos Isaac Newton e Albert Einstein[7], o compositor Mozart, os filósofos Sócrates e Wittgenstein, o naturalista Charles Darwin, o pintor renascentista Michelangelo, os cineastas Stanley KubrickAndy Warhol e Tim Burton e o enxadrista/xadrezista Bobby Fischer.
Fonte Wilkpédia