segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Medicamentos para Autismo

Medicamentos para Autismo
Medicamentos para autismo não curam a síndrome, mas ajudam no controle dos sintomas. Medicamentos para autismo são diversos.

Antidepressivos
As pesquisas revelaram que indivíduos com autismo têm alterações nos níveis do neurotransmissor serotonina. Assim, os chamados medicamentos inibidores selectivos de recaptação de serotonina como Prozac e Zoloft, ajudam a regularizar os níveis de serotonina. No entanto no caso de crianças são utilizados com cuidado.

Antipsicóticos
Ajudam a diminuir a agressão e a melhorar problemas comportamentais associados ao autismo, isto porque reduzem a quantidade do neurotransmissor dopamina no cérebro. Risperidona é um antipsicótico aprovado especificamente para crianças e adolescentes autistas entre os 5 e os 16 anos, tendo menos efeitos secundários que os medicamentos mais antigos.

Estimulantes
Ritalina, medicamento utilizado para o Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade revela-se, por vezes, eficaz para controlar os sintomas de hiperatividade nas crianças autistas.

http://educamais.com/medicamentos-para-autismo/

Características que portadores com Asperger apresentam

Síndrome de Asperger – Características que portadores com esta síndrome apresentam.

Síndrome de Asperger – Características são semelhantes às do autismo. Assim, portadores de síndrome de Asperger apresentam as seguintes características:

Dificuldade com relacionamentos sociais
Ao contrário de portadores de autismo, muitas pessoas com asperger tentam relacionar-se e apreciam o contacto humano, no entanto apresentam dificuldade na compreensão da comunicação não verbal, por exemplo expressões faciais.

Problemas com Comunicação
Portadores de Asperger falam de forma fluente mas normalmente não prestam atenção se, de facto, as outras pessoas os estão a ouvir. Na realidade são capazes de estar a falar, independentemente se a outra pessoa está interessada.

Embora possuam boa capacidade linguística, apresentam dificuldades porque são literais, ou seja, não conseguem perceber algumas piadas ou frases metafóricas. Por exemplo, “colocar-me nos pés do outro”.

Aprendem fatos muito bem e apresentam dificuldade em pensar de forma abstrata, o que pode causar problemas de aprendizagem na escola, nomeadamente na literatura e religião.

Interesses Específicos
Normalmente desenvolvem interesses específicos num tipo de coleção ou hobby, às vezes de forma obsessiva. Isso costuma envolver arranjar ou memorizar fatos acerca de determinados objetos. Muitas vezes quando crianças com asperger brincam com outras acham muito difícil lidar com brinquedos a serem colocados noutro sítio.

Gosto pela rotina
Fugir da rotina pode ser algo altamente irritante para o portador de Asperger. Crianças pequenas insistem em fazer o mesmo caminho para a escola, por exemplo. Na escola aborrecem-se com mudanças súbitas, como mudança de atividades . Adultos com asperger organizam o seu dia de acordo com padrões e quando o dia não corre como planeado ficam ansiosos ou irritados. Por exemplo se ficarem presos no trânsito e não chegarem a determinado local à hora definida.

Baixa concentração e facilidade em distrair
Baixa capacidade de concentração e facilidade em distrair-se é muito comum. Ao realizar uma tarefa com facilidade se distraem, mesmo com a mais pequena coisa.

http://educamais.com/sindrome-de-asperger-caracteristicas/

terça-feira, 21 de agosto de 2012


Li essa entrevista num site e achei muito boa, gostaria de compartilhar , com o psicologo , doutor Tony Attwood,  que hoje vive na Australia:


O Síndrome de Asperger (SA) está classificado como uma desordem do espectro autista, o que, à partida, a coloca no campo da deficiência. Partilha esta visão?
Considero que as pessoas com Síndrome de Asperger possuem um modo de pensar diferente da maioria, não necessariamente uma deficiência.

Como assim?
Estas pessoas possuem, habitualmente, um grande desejo de aprender e procuram a verdade e a perfeição usando ferramentas mentais diferentes do que seria de esperar. A sua principal prioridade pode ser a resolução de problemas, ao invés de satisfazer as necessidades sociais e emocionais dos outros. Será isto uma deficiência?

Como se começou a interessar por estas questões?
Em 1971, quando tinha 19 anos, trabalhei como voluntário numa escola de ensino especial, pois já possuía algumas noções de psicologia e de desenvolvimento infantil. Foi então que conheci duas crianças então consideradas autistas, de cinco e dez anos, mas cujo comportamento não seguia os padrões ‘normais’ de classificação no que diz respeito ao autismo. Entendi que eram situações tão cativantes que decidi dedicar a minha carreira a estas temáticas. Nos casos mais severos, o autismo é entendido como uma deficiência, pela ausência de discurso. Tal como acontece por exemplo na cegueira, com a ausência de visão. Mas quem apresenta Síndrome de Asperger pode ‘ver’ alguns aspectos do mundo social. Se estiver a ler um jornal compreende os grandes títulos e as fotografias e percebe, por exemplo, que alguém está a chorar. Por que razão isso acontece já lhe é mais difícil entender. O mesmo acontece com sentimentos como o ciúme, o embaraço, ou a desorientação dos outros.

Os portadores de Asperger são incapazes de ler emoções?
Nem emoções nem situações sociais mais complexas ou subtis. Mas não lhes podemos dar um par de óculos para que possam focar todos os pormenores de interacção pessoal. Foi o que compreendemos à medida que íamos descobrindo mais sobre o espectro autista. O que agora chamamos de Asperger esteve sempre à nossa espera, a única diferença é que agora temos forma de o denominar. O Síndrome de Asperger ocorre em cada 250 indivíduos, o que significa que todos os leitores desta entrevista ou já conhecem ou vão conhecer alguém com Asperger.

Com menos de duas décadas de classificação clínica, há quem defenda que Asperger se trata de um «autismo de alta funcionalidade». Depreendo que não subscreve esta opinião…
De facto, o SA é muito mais que um autismo com alta funcionalidade social. Nos casos de autismo severo, é muito óbvio detectar qual é o problema e as pessoas procedem a mudanças para responder às necessidades da pessoa. Mas se se tiver Asperger, com sintomatologia perto do que é considerado ‘normal’ – ou seja com expectativas de normalidade em relação à vida social, afectiva, laboral, etc. – tal pode levar a uma infelicidade intensa.

De si mesmo ou dos outros?
De si mesmo, das pessoas que ama e com quem o ‘aspie’ se relaciona. Porque todos os que o rodeiam têm altas expectativas. O raciocínio dos pais, professores, companheiros ou colegas de trabalho é o seguinte: estas pessoas são altamente competentes nas áreas tecnológicas ou artísticas. Certamente devem também possuir competências no campo social para coisas aparentemente tão simples como manter uma conversa polida ou ler expressões faciais. Mas o facto é que quem tem SA não possui essas capacidades. Será capaz de inventar fórmulas matemáticas complexas mas não percebe quando está a aborrecer de morte o interlocutor ou não hesita em chamar «estúpido» a um professor ou ao chefe se acha que se tratam de pessoas realmente estúpidas.

Num mundo global e de comunicação de massas, isso significa a falta de competências sociais essenciais. Concorda?
Sim e não. Certamente que para fazer amigos, encontrar um parceiro ou manter o emprego é necessário trabalho em equipa, algo que em que os ‘aspies’ têm muitíssimas dificuldades. Porém, a sociedade actual está, por exemplo, permanentemente sedenta de novas tecnologias de informação. Estas competências são cada vez mais valorizadas e aí os portadores de Asperger e as suas capacidades podem ter uma grande palavra a dizer. Atenção: os ‘aspies’ podem não ser apenas génios de computação. Muitos destacam-se em variados campos científicos e tecnológicos ou desenvolvem-se no campo artístico, por exemplo como pintores, escritores, actores ou realizadores de cinema. O espectro vai de Da Vinci, a Mozart, a Van Gogh ou a Einstein. E a muitos e muitos milhares de pessoas anónimas, que nunca foram diagnosticadas como portadoras de Asperger.

O mundo seria bem menos rico se não tivessem havido ‘aspies’ ao longo da história?
Certamente. Por exemplo, é bastante provável que o gravador com que está a registar esta entrevista tenha sido concebido por uma pessoa com SA (risos)!

Mas essa mesma pessoa não conseguiria ‘conceber’ um relacionamento afectivo?
Naturalmente que não, pois os relacionamentos não se movem pelas leis da lógica que lhes são tão caros. Na relação com os outros não se consegue desenhar um esquema numa folha de papel e seguir as indicações visuais e lógicas. É uma questão emocional e inconstante. É aí que os ‘aspies’ sentem tantas dificuldades e é aí que têm de ser compreendidos e auxiliados.

Há quem diga que uma boa estratégia para lidar com o SA é fazer com que a criança aprenda mecanismos sociais que possa seguir. Quase como um «mapa de socialização» que lhe servirá enquanto cresce e na idade adulta.
A abordagem não pode ser medicamentosa ou cirúrgica. A fórmula tem de assentar na aprendizagem. Os ‘aspies’ têm de aprender a fazer amigos, a arte da conversação e muitas outras ferramentas de socialização. Se esse processo arrancar bastante cedo é possível que aprendam com muito êxito. Temos de lhes explicar a lógica de cumprimentarmos as pessoas, o facto destas poderem estar infelizes mas sorrirem à mesma, em suma todas as contradições humanas que os portadores de SA acham tão confusas. E dizem-no claramente: «as pessoas emitem mensagens com os olhos e eu não as compreendo!», é uma expressão que oiço muitas, muitas vezes. Os ‘aspies’ compreendem a linguagem dos computadores, da música, da matemática, mas os níveis de linguagem subjectiva são-lhes completamente estranhos.

Por que razão sentiu a necessidade de criar o seu sistema de critérios de identificação de Asperger (ver caixa)?
Os sistemas anteriores de diagnóstico e classificação foram muito úteis para uma primeira fase mas, em meu entender, não captam a verdadeira essência do SA. Para além disso, foram concebidos muito antes da termos atingido a quantidade e qualidade de conhecimento de hoje. Assim, tendo conhecido cerca de cinco ou seis mil pessoas com Asperger, de muitas faixas etárias, condensei toda essa informação numa metodologia que nos permite chegar a um bom nível de entendimento de cada caso. Ou, pelo menos, acredito nisso (risos)! Necessitamos de instrumentos para identificar estas situações em escolas e no seio da família, para que possamos determinar o que se passa, para compreender e ajudar as crianças. Este é o meu objectivo.

Trata-se de um ‘mapa de estrada’ para professores e famílias?
‘Mapa de estrada’ é uma boa expressão. De facto, destina-se a ajudar a compreender onde vamos, como devemos lá chegar e do que vamos necessitar durante o caminho. E para desfrutar da viagem.

É possível desfrutar da viagem em conjunto com um portador de SA?
É possível, desde que, no final, haja sucesso na forma como a criança, o jovem, o adulto, é capaz também de desfrutar da vida. Não escondo que não é fácil, vão surgir muitas dificuldades e problemas. Por exemplo, os níveis de ruído do mundo de hoje. Quem tem Asperger é muito sensível ao volume sonoro e, por vezes, até o barulho das conversas se torna muito perturbador e impossível de suportar. Os problemas decorrentes do SA não acontecem só no campo social mas também no campo sensorial.

Isto porque, na base do Síndrome de Asperger estão questões neurológicas?
Ainda não existem certezas absolutas, mas acreditamos que o síndrome surge como resultado de factores neurológicos que afectam o desenvolvimento cerebral e não devido a privações emocionais ou outros factores psicogénicos. Habitualmente, os nossos cérebros dão prioridade à socialização: neste momento, ao ouvir-me, o seu cérebro está a captar todos os sinais que acompanham o som da minha voz e a minha expressão facial. Se não se é bom nisso, como nos casos de SA, então tudo o mais é potenciado, por vezes até níveis insuportáveis para a pessoa. Em situações normais, o som do piano [a tocar durante a realização da entrevista] é irrelevante para o decorrer da nossa troca de impressões, porque ambos conseguimos ‘baixar o volume’ das situações que estão a ocorrer em paralelo. Quem tem Asperger não consegue ‘baixar o volume’: coloca tudo ao mesmo nível e sente-se assoberbado com a quantidade de informação que lhe chega. Pura e simplesmente, não a consegue gerir.

Isto acontece em todos os momentos, ou os ‘aspies’ têm a capacidade de relaxar?
Têm a capacidade de relaxar por si mesmos, em paz e sossego. É disso que necessitam. Mas, por exemplo, onde é que se arranja paz e sossego no quotidiano escolar?

O conceito de «cegueira emocional» pode aplicar-se aos portadores de Asperger?
Eu não diria «cegueira». Ao invés, diria que lhes escapa algumas coisas do campo emocional. Os ‘aspies’ podem ser bastante intuitivos em relação ao ambiente emocional em que se encontram, mas podem não saber por que razão alguém está a experimentar determinado sentimento e o que fazer para o encarar ou fazer parar. Mais uma vez: há confusão, não cegueira.

É por isso que os especialistas dizem que quem tem SA consegue amar, não consegue é fazer sentir aos outros que os ama.
Certamente. São capazes de dizer que amam o pai ou a mãe uma única vez e passar o resto da vida sem repetir essa declaração. Na lógica que lhes é tão querida, não sentem necessidade de repetir o que o outro já sabe.

A personagem Forrest Gump podia ser classificada como portadora de Asperger?
Absolutamente. Trata-se de uma história maravilhosa, onde o protagonista tem uma capacidade fantástica de enfrentar os desafios que a vida lhe coloca, sem perder a sua candura e a sua bondade. Muitos dos portadores de Asperger não sentem a dor da mesma maneira que Forrest Gump, nem são capazes de segurar um camarada ferido nos braços como lhe acontece no Vietname. O que só vem provar que não existem fórmulas nem exemplos estáticos neste campo. Mas acredito que o argumento que deu origem ao filme foi baseado provavelmente em alguém com Asperger, mesmo sem ser diagnosticado.

Há quem diga que os portadores de Asperger são demasiadamente honestos para o mundo...
São! E os primeiros a sofrer com essa honestidade a toda a prova são os mais chegados: família, amigos e colegas. Se, por exemplo, uma mãe, em frente ao espelho pergunta: «filho, estou bonita hoje?», se ele achar que não está vai-lhe dizer isso mesmo, sem sequer equacionar se está ou não a magoá-la. Quando aprendem uma piada, podem não se aperceber que não é mais adequada para contar à avó durante o chá das cinco ou passam a vida a contá-la às mesmas pessoas. Pois se resultou da primeira vez, pode resultar sempre, certo?

Os professores e os pais que têm de viver com uma criança Asperger podem aprender a fazê-lo da forma mais feliz para todos. Até que ponto é importante a sociedade fazer o mesmo?
É essencial. De outro modo, os ‘aspies’ sentem-se extremamente infelizes. O problema deles não é ter Asperger, são as atitudes dos outros. O que dói é ser vítima de bullying na escola porque se é diferente, despedido no emprego porque não se é bom a trabalhar em equipa ou porque se fez um comentário verdadeiro sobre o chefe, mas que não é socialmente aceitável. A chave é reconhecer que aquela pessoa é diferente e procurar guiá-la, ao invés de a criticar.

E como se consegue isso?
Através de entrevistas como esta (risos)! Dando oportunidade ao grande público de conhecer estas situações e a partir do momento em que todas as pessoas compreendam que a vida dos ‘aspies’ pode ser muito mais feliz. Sim, nós podemos ajudá-los a comportar-se adequadamente em sociedade – seja o que for que tal signifique – mas se as pessoas perceberem exactamente o que se passa com aquele indivíduo tão especial, a vida tornar-se-á mais fácil. Para todos. Um bom princípio é aprenderem a descontrair junto de uma pessoa com Asperger.

O mundo seria um lugar melhor ou pior se a ciência conseguisse eliminar o Síndrome de Asperger?
Seria desastroso! A maior parte das pessoas passam a esmagadora maioria do tempo a socializar, mas os portadores de Asperger são bem mais criativos do que a população em geral: concebem coisas. A cura para o cancro será provavelmente descoberta por alguém com Asperger! Este tipo de capacidades são-nos absolutamente necessárias. Nós necessitamos de variedade enquanto espécie, de outro modo entra-se num totalitarismo de raça superior. A diversidade é um trunfo biológico de grande importância. Precisamos de pessoas com Asperger.

Durante a sua estadia em Portugal [para o congresso da Fundação Renascer] contactou com pessoas que se dedicam não só à temática de Asperger como à das perturbações autistas em geral. Em sua opinião, que caminho há ainda a trilhar?
Um caminho muito longo! Não apenas para as crianças e jovens como também para as suas famílias. Esta situação já é suficientemente difícil para que tenham ainda de discutir com as autoridades sobre a classificação do síndrome e muitas outras questões. Como se diz na língua inglesa, é «adding insults to injury» (juntar insultos à adversidade)! Quando uma pessoa é cega, os poderes públicos não hesitam em prestar a ajuda considerada necessária, tanto a ela como aos que lhe são próximos. Tal não acontece nos casos de Asperger e é aí que as coisas têm de mudar. O valor de uma sociedade é medido na qualidade da ajuda prestada a quem dela necessita, não pelo seu produto interno bruto ou pelo número de carros de luxo a circular nas estradas. É a forma como tratamos quem está em desvantagem que nos deve classificar enquanto sociedade. A visão que a maior parte das pessoas tem – incluindo as autoridades competentes, em muitas situações – é a de que as atitudes de uma criança com Asperger se devem a mimo em excesso ou podem ser ‘reparadas’ facilmente. Eu gostava que fosse assim tão simples! No que diz respeito a recursos, o poder político só tomará uma atitude se os cidadãos a exigirem. Repito: é preciso apoio, não críticas. O SA não é causado por erros na educação das crianças ou por não serem amadas. Elas não se isolam por falta de amor. Dizer isso é um profundo insulto para as famílias, em especial para os pais.

Por que razão os rapazes são mais afectados pelo SA?
Ainda não conseguimos determinar porquê. Em termos gerais, os rapazes são menos competentes na socialização e as raparigas tendem a ser mais bem-educadas e mais atentas às convenções sociais. No entanto, a incidência de SA é muito mais comum nas raparigas do que julgávamos ao início.

Este é um fenómeno em crescimento a nível global?
Está a tornar-se mais facilmente reconhecido. Ou seja, não sabemos o que está a aumentar, se os casos se o diagnóstico. Foi feito recentemente um estudo em Portugal sobre a incidência do autismo que trouxe à luz um grande número de casos nos Açores. Para além das questões neurológicas, parece haver diferenças marcadas pela geografia. Por vezes, as pessoas com personalidades isoladas tendem a viver em ilhas e existe uma tendência genética que vai multiplicar-se na população. É preciso continuar a procurar conhecer as situações, elaborar novas ideias e aplicá-las.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Sintomas da Síndrome de Asperger


Como sempre afirmamos, cada criança é um mundo e não se pode generalizar. Menos ainda nos casos de Asperger. Um diagnóstico preciso e seguro só poderá ser dado por um  médico especialista, assim como o devido tratamento.
No entanto, existem algumas características que podem ser observadas pelos pais quando seus filhos tenham entre 2 e 7 anos de idade. Normalmente, uma criança com Asperger pode apresentar algumas características com maior frequência. Aqui, apresentamos algumas:

1- Habilidades sociais e controle emocional

Síntomas do Asperger
- Não desfruta normalmente do contato social. Relaciona-se melhor com adultos que com crianças da mesma idade. Não se interessa pelos esportes. 
- Tem problemas de brincar com outras crianças. Não entende as regras implícitas do jogo. Quer impor suas próprias regras, e ganhar sempre. Talvez por isso prefira brincar sozinho. 
- Custa-lhe sair de casa. Não gosta de ir ao colégio e apresenta conflitos com seus companheiros.
- Custa-lhe identificar seus sentimentos e os dos demais. Apresenta mais birras que o normal. Chora com facilidade por tudo. 
- Tem dificuldades para entender as intenções dos demais. É ingênuo. Não tem malícia. É sincero.

habilidades de comunicação

- Não pode olhar nos olhos quando fala contigo. Crê em tudo aquilo que lhes dizem e não entende as ironias. Interessa-se pouco pelo que dizem os outros. Custa-lhes entender uma conversa longa, e muda de tema quando está confusa.
- Fala muito, em tom alto e peculiar, e usa uma linguagem pedante, extremamente formal e com um extenso vocabulário. Inventa palavras ou expressões idiossincrásicas.
- Em certas ocasiões, parece estar ausente, absorto em seus pensamentos.

3- Habilidades de compreensão

- Sente dificuldade em entender o contexto amplo de um problema. Custa-lhe entender uma pergunta complexa e demora para responder. 
- Com frequência não compreende uma crítica ou um castigo. Assim como não entende que ele deve portar-se com distintas formas, segundo uma situação social. 
- Tem uma memória excepcional para recordar dados e datas. 
- Tem interesse especial pela matemática e as ciências em geral.
- Aprende a ler sozinho ainda bem pequenos. 
- Demonstra escassa imaginação e criatividade, por exemplo, para brincar com bonecos.
- Tem um senso de humor peculiar.

4- Interesses específicos

- Quando algum tema em particular o fascina, ocupa a maior parte do seu tempo livre em pensar, falar ou escrever sobre o assunto, sem importar-se com a opinião dos demais. 
- Repete compulsivamente certas ações ou pensamentos para sentir-se seguro.
- Gosta da rotina. Não tolera as mudanças imprevistas. Tem rituais elaborados que devem ser cumpridos.

5- Habilidades de movimento

- Possui uma pobre coordenação motora. Corre num ritmo estranho, e não tem facilidade para agarrar uma bola.
- Custa-lhe vestir-se, desabotoar os botões ou fazer laço nos cordões do tênis.

6- Outras características

- Medo, angústia devido a sons como os de um aparelho elétrico.
- Rápidas coceiras sobre a pele ou sobre a cabeça.
- Tendência a agitar-se ou contorcer-se quando está excitado ou angustiado. 
- Falta de sensibilidade a níveis baixos de dor. 
- São tardios em adquirir a fala, em alguns casos. 
- Gestos, espasmos ou tiques faciais não usuais. 



quarta-feira, 25 de julho de 2012

Forças e não Fraquezas



  O portador da Síndrome de Asperger possuem um grande desejo em aprender, na perfeição , sua principal prioridade seria a solução de problemas ao invés de satisfazer as necessidades sociais e emocionais dos outros. É extramente honesto e sincero e ai questionamos: Seria isso uma deficiência? É que na verdade as pessoas esperam que todas sejam iguais a elas........e o que é diferente sempre sofrerá com isso.   Mas hoje li uma entrevista de um especialista da Sindrome de Asperger Tony Attwood,  psicologo,doutor e vive na Australia, em sua entrevista ele afirma que o mundo seria realmente desastroso sem o portador da SA, o mundo 

precisa deles, 

nós precisamos deles, são pessoas de capacidades extraordinárias, capazes de feitos, 

estudos e descobertas surpreendentes devido a suas altas habilidades e capacidades, 

Tony elaborou uma lista para melhor identificar um portador da SA, a em sua lista ele 

classifica os ítens como CAPACIDADES E TALENTOS  e não como Fragilidades! 

Excelente, vale a pena ler.




FORÇAS, NÃO FRAQUEZAS

se a definição do Síndrome de Asperger fosse feita através das capacidades e talentos dos seus indivíduos, ao invés das suas fragilidades? É isso mesmo que Tony Attwood propõe, numa lista de critérios de descoberta dos ‘aspies’

• relações pessoais caracterizadas por uma perfeita lealdade;

• independência de preconceitos sexistas ou geracionais;

• discurso isento de falsidades ou conceitos politicamente corretos;

• capacidade de seguir as próprias ideias ou perspectivas, apesar das provas em contrário;

• consideração por pormenores e detalhes que aparentam pouco interesse para a maioria;

• capacidade de aceitar argumentação sem ideias pré-concebidas;

• interesse nas verdadeiras contribuições para a conversa, sem perder tempo com superficialidades ou trivialidades;

• conversação sem objetivos pouco claros ou manipulação;

• perspectivas originais, e por vezes únicas, na resolução de problemas;

• memória excepcional para dados ignorados por todos os outros indivíduos;

• clareza de valores e poder de decisão inalterado por factores políticos e financeiros;

• sensibilidade apurada para experiências e estímulos sensoriais;

• maiores hipóteses de prosseguir carreiras acadêmicas e/ou científicas.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Compreensão

COMPREENSÃO!!! é essa a palavra, acredito que como é importante compreender a criança com ásperger, saber que ela precisa que a compreendemos para que possa viver melhor, são coisas tão simples, tão pequenas mas que na sua vida vão fazer uma diferença enorme.
  É triste ainda quando vemos adultos, da própria família as vezes dizendo coisas como; ESSE MENINO É ESTRANHO, ELE É CHATO, NAO GOSTA DE MIM.......
  Realmente é dificil pra quem não convive com eles, não sabem seu jeito, suas maneiras, suas estereotipias, mas pra quem convive, é simples aprendermos a lidar com  tudo isso. É maravilhoso conviver com uma criança assim, eles são realmente puros, amáveis, doces....com uma coração que não há palavras pra descrever....
  Agradeço a Deus todos os dias pelo presente maravilhoso que é meu filho, mas peço também pra que ele possa um dia viver numa sociedade sem preconceitos, numa sociedade que não o julgue por ele gostar do amarelo e todos gostarem do azul, por ele ser autentico e firme nas suas convicções, por ele ser franco ao extremo...coisas que não temos tanto hoje em dia....

terça-feira, 3 de abril de 2012

A importância da socializaçao

Como ser Amigo de Alguém com Autismo/Asperger

Muitas pessoas acreditam que a pessoa com autismo e síndrome de asperger são pessoas que não gostam de se socializarem, um grande erro. O que eles precisam na maioria das vezes são de pessoas que o conheçam verdadeiramente. Segue algumas dicas para você que conhece, gosta, mas sente dificuldade de estabelecer um vínculo e para você que não conhece, fica a dica para quando tiver esse prazer!!


o Tome a iniciativa para incluí-lo (a) - Seu amigo pode querer
desesperadamente ser incluído e pode não saber como pedir isto. Seja
específico sobre o que você quer que ele faça
o Encontre Interesses Comuns - Será muito mais fácil se você falar ou
compartilhar algo que vocês gostem (filmes, esportes,música, livros, TV,
shows, etc.).
Seja Persistente e Paciente - Lembre-se que seu amigo com autismo pode
precisar de mais tempo para responder do que outra pessoa. Isso não
significa que ele não esteja interessado.
o Comunique-se Claramente - Falar a uma velocidade e volume razoáveis.
Usar pequenas frases também pode ser útil . Use gestos, figuras, expressões
faciais para ajudar a se comunicar. Fale literalmente - não use figuras que
confundam. Ele pode responder sinceramente "o céu" quando você pergunta
"Está tudo em cima?"
Proporcione a ele bons momentos - Estimule-o a experimentar coisas novas porque às vezes ele pode ter medo de
tentar coisas novas.
o Proteja-o (a) - Se você vir alguém molestando ou intimidando o amigo com
autismo, proteja-o e diga à pessoa que isso não é legal.
o Lembre-se da Sensibilidade Sensorial - Seu amigo pode ficar muito
desconfortável em situações ou lugares (cheios, barulhentos, etc..) Pergunte
se ele está bem. Às vezes seu amigo precisa de uma pausa.
o Dê a ele um Retorno - Se seu amigo com autismo está fazendo algo
inapropriado, diga a ele gentilmente. Esteja certo de dizer também quando ele
faz algo certo porque ele pode não saber.
Não o infantilize - Trate-o como alguém e fale com ele como se fosse outro de seus amigos Não seja
demasiado formal e não fale com ele como se ele fosse um garotinh
Informe-se - sobre a sua deficiência. Leia algumas coisas na internet ou peça a
um professor ou um orientador sobre os livros
Respeite-o - Não o ignore mesmo se você acha que ele não percebe você
o Não tenha Medo - Seu amigo é uma pessoa qualquer que precisa apenas de uma
ajudazinha. Aceitar estas diferenças e respeitar suas dificuldades como você
gostaria que fizessem com qualquer outro
amigo.http://proautinclusao.blogspot.com.br/2012/04/como-ser-amigo-de-alguem-com.html?spref=fb
Fonte

sábado, 10 de março de 2012

Bem Vindo á Holanda

Ontem lendo um texto , ou melhor, o depoimento de uma mãe, Emily perl Knisley - 1987,  a qual era sempre solicitada a escrever a experiencia em ter um filho especial,  fez uma comparação bem interessante,

Seria como

   Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias para a Itália!
    Você compra montes de guias, faz planos maravilhosos! O Coliseu, o Davi de Michelangelo, você pode ate aprender algumas frases simples em italiano, é tudo muito excitante. Após meses de excitação chega o grande dia. Você arruma as malas e embarca. Algumas horas depois você aterrissa. o comissário de bordo chega e diz: Bem vindo à Holanda!!!
    Holanda!!??? diz você, eu escolhi a Itália!!! Eu devia ter chegado a Itália, toda a minha vida eu sonhei em conhecer a Itália.
   Mas houve uma mudança de plano  de voo, eles aterrizaram na Holanda e é lá que você deve ficar. A coisa mais importante é que eles não te levaram a um lugar horrível, , desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente.
  Logo você vai comprar novos guias, deve aprender uma nova línguagem, e você vai encontrar todo um grupo de pessoas que nunca encontrou antes.
   É apenas um lugar diferente, é mais baixo, menos ensolarado que a Itália, mas, apos alguns minutos você pode respirar fundo e olhar ao redor, e começa a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrantts e van Goghs.
   Mas, todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália...e estão sempre comentado sobre o tempo maravilhoso que passam lá ..... (...)

  Me identifiquei muito com o texto, por isso quis compartilhar... mas posso afirmar que chegar a Holanda pra mim foi fantástico..... não mudaria hoje o destino da minha viagem jamais....estou mergulhando num universo totalmente novo e surpreendente!!!!!
 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Algumas características da S.A

 O portador da  Síndrome de Asperger tem algumas característica especificas, e que são fundamentais no seu diagnóstico, como por exemplo as rotinas, " rituais" e também a ecolalia (repetições). Quanto as rotinas, eles não são nada flexiveis a mudanças, são na maioria da vezes coisas simples, mas que pra eles são muito importantes, é como se eles seguissem um "manual" que nao pode ser quebrado, e tentar mudar um rotina dessa os deixa muito bravos, o melhor mesmo é segui-las, não custa nada, comigo como as rotinas são simples, nao atrapalham em nada eu o ajudo a cumpri-las. Por exemplo quando ele se veste, tem que seguir uma ordem exata de colocar as roupas como: cueca, camiseta , a meia e depois a calça, as vezes eu tentava inverter as ordens mas ele não deixa., outra coisa é que quando ele chega da escola  ele tem que ir direto pro quarto trocar o uniforme, não consegue ficar com ele em casa, coisa que com outras crianças não acontece.
   Quanto a Ecolalia (as repetições de palavras e frases  ditas por alguém) isso ele sempre usou, desde que começou a falar, as vezes é complicado porque além dele repetir ele pede pra gente repetir também, pedia mais agora melhorou um pouco,  mas o difícil na minha opinião é quando ele começa a repetir as frases do nada perto de alguem que não o conhece, ai as pessoas fazem aquela cara de "zxzc" que não entenderam nada, e eu faço cara de paisagem.....
    Acredito que tudo isso, só pode ser melhorado com as terapias, é que realmente tem ajudado bastante em muitas coisas, e dia após dia estamos vendo o seu desenvolvimento, o que nos deixa muito felizes, são coisas que nao tem preço!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 7 de janeiro de 2012

O desenvolvimento

 Minha gestação foi absolutamente normal e tranquila, sem nenhum problema, a bolsa estourou na escola, eu estava de 37 semanas e 3 dias, e meu bebe veio ao mundo através de uma cesariana que também foi bem tranquila. Ele nasceu com 3.150 kg e 47 centrimetros, tudo dentro da normalidade. Seu desenvolvimento foi tranquilo,engatinhou com 7 meses,  andou com 12 meses completos, começou a falar, não víamos nada de diferente,  mas hoje e atento a um detalhe que na época nunca dei importância, quando ele brincava com uma garotinha da mesma idade, a qual éramos vizinhos, sempre que ela, ou outra criança qualquer pegasse um brinquedo dele, ele não chorava, não brigava, simplesmente deixava... Nós até dizíamos que ele era um bebe bonzinho. Outro detalhe também é que ele nunca chorou, ou reclamou quando eu ia trabalhar, diferente da minha filha mais nova, Maria Clara, que chora, faz birra quando eu saio. Quando ele foi crescendo, a primeira vez nas escolinha, com 3 aninhos, a professora dizia que ele era muito quieto, e apenas observava, já com 4 anos, a turminha era relativamente grande (25 crianças de 4 anos, imaginem) ele se espelhava em outras crianças, ou seja, imitava os arteiros, e ria das graças, das bagunças, e não conseguia prestar atenção na professora, e como ainda não sabíamos da sua dificuldade, e por a turma ser grande a professora também nunca nos disse nada, acredito que ele sofreu um pouco nessa escola, pois percebíamos que os coleguinhas desfaziam dele.
    Foi então que resolvemos leva-lo para uma avaliação psicológica e troca-lo de escola, escolhemos uma escola menor e recebemos também o diagnóstico de que algo  estava errado no seu desenvolvimento, mas até então nada de nomes... Só sabíamos então que ele  teria que fazer a terapia ( no início 2 sessões por semana) ufa...
   A adaptação a nova escola foi ótima, a parte cognitiva do meu filho é excelente, e a turma o acolheu muito bem, ficamos felizes, pois crianças com a SA precisam  de muito amor e carinho pra se sentirem seguras!!! E isso é muito importante.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Simples assim....

 A cada dia que passa, coisas simples se tornam grandiosas e importantíssimas pra mim,  principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento do Mauro Henrique, algumas situações são bem difíceis e complicadas pra ele, por exemplo, sempre que encontramos um coleguinha da escola, em outro lugar que não seja a escola, ele não sabe ao certo como se portar, não consegue dizer um simples "oi",  às vezes faz cara feia, se esconde, grita....
 Imagina como  é  constrangedora a situação, porque não dá pra para e explicar pra mãe ou o pai daquela criança o que se passa.... então faço cara de paisagem e sigo....rsrsrsrs. Sempre tendo depois disso dialogar com ele, explicar como ele poderia se comportar, que ele poderia dizer só um "oi", mas não é fácil pra ele.
   Mas hoje fiquei tão feliz, porque estávamos no supermercado fazendo compras, quando vi ele meio estranho já imaginei que tinha visto alguém, era uma amiguinha da sala dele, a princípio ele quis esconder o rosto e foi então que me surpreendi, ele acenou pra ela e disse: - oiiii Lauraa!!!!!  Aquile gesto dele teve um valor inexplicável pra mim, nossa, algo tão simples, tão corriqueiro pra qualquer um, mas que pra ele e pra mim aquele momento parece que congelou e ficou guardado em minha mente, jamais vou esquecer.....simples assim.....